sexta-feira, 25 de maio de 2012

Sobre a Rio+20 / Deixe seu comentário


Sobre a Rio+20


A Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, será realizada de 13 a 22 de junho de 2012, na cidade do Rio de Janeiro. A Rio+20 é assim conhecida porque marca os vinte anos de realização da Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (Rio-92) e deverá contribuir para definir a agenda do desenvolvimento sustentável para as próximas décadas.
A proposta brasileira de sediar a Rio+20 foi aprovada pela Assembléia-Geral das Nações Unidas, em sua 64ª Sessão, em 2009.
O objetivo da Conferência é a renovação do compromisso político com o desenvolvimento sustentável, por meio da avaliação do progresso e das lacunas na implementação das decisões adotadas pelas principais cúpulas sobre o assunto e do tratamento de temas novos e emergentes.

A Conferência terá dois temas principais:

  • A economia verde no contexto do desenvolvimento sustentável e da erradicação da pobreza; e
  • A estrutura institucional para o desenvolvimento sustentável.
A Rio+20 será composta por três momentos. Nos primeiros dias, de 13 a 15 de junho, está prevista a III Reunião do Comitê Preparatório, no qual se reunirão representantes governamentais para negociações dos documentos a serem adotados na Conferência. Em seguida, entre 16  e 19 de junho, serão programados eventos com a sociedade civil. De 20 a 22 de junho, ocorrerá o Segmento de Alto Nível da Conferência, para o qual é esperada a presença de diversos Chefes de Estado e de Governo dos países-membros das Nações Unidas.

Os preparativos para a Conferência

A Resolução 64/236 da Assembleia-Geral das Nações Unidas determinou a realização da Conferência, seu objetivo e seus temas, além de estabelecer a programação das reuniões do Comitê Preparatório (conhecidas como “PrepComs”). O Comitê vem realizando sessões anuais desde 2010, além de “reuniões intersessionais”, importantes para dar encaminhamento às negociações.
Além das “PrepComs”, diversos países têm realizado “encontros informais” para ampliar as oportunidades de discussão dos temas da Rio+20.

O processo preparatório é conduzido pelo Subsecretário-Geral da ONU para Assuntos Econômicos e Sociais e Secretário-Geral da Conferência, Embaixador Sha Zukang, da China. O Secretariado da Conferência conta ainda com dois Coordenadores-Executivos, a Senhora Elizabeth Thompson, ex-Ministra de Energia e Meio Ambiente de Barbados, e o Senhor Brice Lalonde, ex-Ministro do Meio Ambiente da França. Os preparativos são complementados pela Mesa Diretora da Rio+20, que se reúne com regularidade em Nova York e decide sobre questões relativas à organização do evento. Fazem parte da Mesa Diretora representantes dos cinco grupos regionais da ONU, com a co-presidência do Embaixador Kim Sook, da Coréia do Sul, e do Embaixador John Ashe, de Antígua e Barbuda. O Brasil, na qualidade de país-sede da Conferência, também está representado na Mesa Diretora.
Os Estados-membros, representantes da sociedade civil e organizações internacionais tiveram até o dia 1º de novembro para enviar ao Secretariado da Conferência propostas por escrito. A partir dessas contribuições, o Secretariado preparará um texto-base para a Rio+20, chamado “zero draft” (“minuta zero” em inglês), o qual será negociado em reuniões ao longo do primeiro semestre de 2012.
Baixe aqui a apresentação em slides  com o histórico da Rio+20 - ("Como chegamos até aqui"

NOTÍCIAS NACIONAIS

EVENTOS

Propagação de mudas por Estaquia


Qual a vantagem de usar estacas?
As grandes vantagens de multiplicarmos as plantas por estaquia são a facilidade de fazê-la, e a possibilidade de propagarmos as melhores plantas, conservando as características da mesma.
Como fazer estaquia? 
Como já foi dito, cada planta possui um método mais adequado de propagação. Há alguns tipos diferentes de estaquia, que apresentaremos a seguir. Para fazer a estaquia, é recomendável que procuremos saber qual é o melhor método para a planta que se pretende reproduzir. Caso você não encontre essa informação, tente alguns métodos até que dê certo, já que é um processo relativamente fácil.
Em alguns casos, o uso de hormônios enraizadores (em geral auxinas), ajuda a melhorar a formação de raízes nas estacas. Mas o uso domiciliar é raro, devido ao alto custo e dificuldade de manuseio.
Várias partes da planta podem ser usadas como estacas, com procedimentos levemente diferentes que detalhamos a seguir:
A) Estacas de ramos novos (ponteiros)
É o método mais adequado para ser utilizado para grande parte das plantas ornamentais, já que as plantas geradas por esse método são em geral, mais parecidas com a planta que as originou.
Passo-a-passo: 
  1. Cortarmos uma ponta de ramo lateral, formando uma estaca de aproximadamente 7 a 12 cm de comprimento. Devemos escolher sempre os ramos mais vigorosos, saudáveis e sem flores.
  2. Retiramos as folhas da base das estacas, o que estimula o crescimento de raízes, principalmente nas bases das folhas retiradas.
  3. Colocamos os ramos em substrato adequado (terra, areia, entre outros), enterrando a base sem folhas. Assim, novas raízes se formam na planta, originando novas mudas. Em alguns casos, colocam-se as bases da estaca em água ao invés de substrato, plantando as mudas em terra assim que enraizadas.

Corte o ponteiro

Retire as folhas da base 


Enterre a base da estaca e regue
B) Estacas de ramos semi-lenhosos (tenras na ponta e firmes na base)
Em plantas ornamentais, esse método é muito utilizado para propagar plantas arbustivas.
  1. Cortamos um ramo lateral, formando uma estaca de aproximadamente 10 a 15 cm de comprimento. Devemos escolher sempre os ramos mais vigorosos, saudáveis e sem flores.
  2. Retiramos as folhas da base das estacas, o que estimula o crescimento de raízes, principalmente nas bases das folhas retiradas. É recomendado que cortemos as folhas restantes pela metade, para diminuir as perdas de água por transpiração.
  3. Colocamos os ramos em substrato adequado (terra, areia, entre outros), enterrando a base sem folhas. Assim, novas raízes se formam na planta, originando novas mudas.

C) Estacas de ramos lenhosos (firmes, lignificados)
É o método mais utilizado para árvores (a maioria das frutíferas), arbustos e roseiras. Para as plantas cujas folhas caem no inverno (planta decíduas), é recomendado que as estacas sejam feitas quando a planta estiver sem folhas, perto do período de rebrota das folhas.
  1. Cortamos um ramo lateral firme, formando uma estaca de aproximadamente 15 a 30 cm de comprimento. Devemos escolher sempre os ramos mais vigorosos, saudáveis e sem flores.
  2. Caso a estaca possua folhas, retire as folhas da base das estacas, o que estimula o crescimento de raízes, principalmente nas bases das folhas retiradas. É recomendado que cortemos as folhas restantes pela metade, para diminuir as perdas de água por transpiração. No caso das roseiras, recomenda-se a utilização de ramos que já floriram, mas sem flores no momento.
  3. Colocamos os ramos (estacas) em substrato adequado (terra, areia, entre outros), enterrando a base sem folhas. Essas estacas podem ser plantadas também diretamente no local definitivo, apesar disso, é recomendado o seu plantio anteriormente em vasos ou sacos de mudas. Assim, novas raízes se formam na planta, originando novas mudas.

Corte o ramo

Retire as folhas, se houverem

Enterre a base das estacas

Estacas brotando após algumas semanas 
D) Estacas de folhas
É um método utilizado em plantas ornamentais principalmente em suculentas, mas são utilizadas comercialmente na produção de mudas de algumas espécies de eucalipto. As plantas geradas por este método são muito parecidas com a planta que as originou, sendo por isso um processo interessante.
Como exemplo, mostraremos a reprodução da violeta-africana.
  1. Cortamos uma folha saudável da planta, retirando-a até a base.
  2. Enterramos aproximadamente um terço da folha em um substrato adequado, com a base da folha para baixo. Para o substrato, pode ser utilizada areia, terra, etc. O mesmo processo pode também, em alguns casos, ser realizado na água. Assim, as folhas enraizarão e formarão novas plantas.

Retire a folha

Enterre a base da folha e regue 

quinta-feira, 24 de maio de 2012

Venda Rizoma bananas R$5 cada variedades

Venda Rizoma (Bulbos) bananas R$5/ cada. variedades:
Tipos de Mudas: os vários tipos de mudas podem ser classificados em apenas 3 tipos: rizomas inteiros, pedaços de rizoma e mudas micropropagadas.
Banana maçã
Banana Ouro
Banana Figo
Banana Prata
Banana Dágua
Banana da Terra
Bananeira de Jardim - ornamental (cacho vermelho e amarelo muito apreciado por beija-flores)


As mudas rizoma inteiro, independentemente de seu tamanho, nÒo devem passar pelo processo de ceva e nem pelo plantio em copos de plßstico com substrato vegetal. Sempre que possível, deve-se arrancar toda a touceira selecionada, pois, com isso, se obtém maior rendimento da mão de obra e menores perdas do material básico.

Para haver maior rendimento no serviço de arrancamento das mudas, é interessante que dois dias antes do seu início se faça uma boa irrigação. Com um enxadÒo abre-se uma vala, ao redor da touceira e distante 20 a 30 cm dela, com a profundidade de 30 a 40 cm. A seguir tomba-se toda a touceira para um dos lados.

Os rebentos maiores da planta mãe são separados dela seccionando-se seus cordões umbilicais (órgão esse que faz a ligação entre cada rizoma filho com o da mãe), com a introdução de uma ferramenta cortante entre os rizomas filho e mãe, que pode ser um facão ou uma pá reta também conhecida por vanga.

Os rebentos pequenos (menores do que 40 cm) que estejam brotando de filhos maiores ou da pr¾pria mÒe serão separados com um corte feito com um facão, em seu cordão umbilical. Desta forma evita-se danificar esses pequenos rebentos.




Rizomas de plantas que já sofreram diferenciação floral e aqueles com mais de 3 kg produzirão mudas tipo pedaço de rizoma com 300 a 400 g. No caso dos rizomas de plantas que já sofreram a diferenciação floral ou que já produziram, sua parte fibrosa interna pode ser reduzida, uma vez que nela não existem gemas laterais. Porém, os rizomas com menos de 3 kg, serão retalhados de modo a se obter mudas de menor peso, o qual não será inferior a 150 a 200 g.
























Foto 3- Retalhando o rizoma para produzir mudas pedaço de rizoma.

As mudas serão retalhadas radialmente, sendo que o corte inicial no rizoma deve ser feito colocando o facão próximo de uma gema lateral bem visível e em seguida aplicando-se uma pancada no seu dorso, com um pequeno macete de madeira. O corte não deve ultrapassar o centro do rizoma. Os cortes seguintes serÒo feitos de modo a transformar o rizoma em vßrios prismas triangulares.

Estando as mudas retalhadas, pode-se rebaixar suas bainhas de modo que as mais internas fiquem com 3 a 5 cm acima do seu ponto de inserção. Entretanto, a parte inferior da muda não será recortada.


BANANEIRA - CLASSIFICAÇÃO BOTÂNICA

Ordem: Scitaminea
Família: Musaceae
Sub-Família: Musoideae
Gênero: Musa
Sub-Gênero: Eumusa

ESPÉCIES

a) Musa cavendishi - Nanica, Nanicão, Valery, Lacatan, Piruá.
b) Musa sapientum - Gros Michel, São Tomé, Figo Vermelho, Figo, Cinza, Maçã, Prata, Pacovan, Enxerto.
c) Musa paradisiaca -Terra, Maranhão branca, Maranhão vermelha.
d) Musa corniculata - Farta Velhaco ou Pacova
Obs.: Esta classificação foi abandonada porque, dado o seu empirismo, não permite a inclusão de todos as cultivares.
A classificação proposta por SIMMONDS e SHEPHERD (1955) para o gênero Musa, hoje adotado em todo o mundo, é baseada no número de cromossomos.
Assim ele seria dividido em 2 grupos: com 10 cromossomos e com 11 cromossomos.
1º. Grupo: bananeiras com número básico de cromossomos igual a 10 possuem brácteas lisas, divide-se em duas secções.
Seção Australimusa -compreende 5 espécies mais importante: Musa textilis (para extração de fibra).
Seção Callimusa -5 ou 6 espécies, de pequeno tamanho e apenas interesse botânico.
2º.Grupo: bananeiras com número básico de cromossomos 11 divide-se em duas secções.
Seção Rhodoclamys - inflorescência ereta, com pencas de flores sob cada bráctea. Espécie mais conhecida Musa ornata, de importância ornamental.
Seção Eumusa - ou simplesmente Musa, engloba as variedades cultivadas. Caracteriza-se pela grande inflorescência e numerosos frutos por penca.
Espécies mais importantes:
Musa acuminata (AA)
Musa balbisiana (BB)
EVOLUÇÃO DOS CULTIVARES DE BANANA COMESTÍVEIS
A maioria dos cultivares de banana comestível evoluiu das espécies selvagens Musa acuminata e Musa balbisiana. Estes dois cultivares são diplóides e constam de dois níveis cromossômicos (2n = 22). Portanto, todos os cultivares devem conter combinações de genomas completos dessas espécies parentais. Tais genomas são denominados respectivamente, pelas letras A, representando a espécie acuminata e B a espécie balbisiana.
PASSOS DA EVOLUÇÃO DA BANANEIRA
1. Ocorrência de partenocarpia, ligada a alguma esterilidade feminina, por mutação na única espécie de M. acuminata, para dar origem, inicialmente ao grupo AA.
2. Cruzamentos espontâneos entre mutantes partenocárpicos e outras formas selvagens da mesma espécie e de M. acuminata e M. balbisiana, originando diplóides partenocarpicos AA e AB.
3. A evolução de triplóides a partir de cultivares diplóides dos grupos AA e AB, em cruzamento com pais AA ou BB, dando origem às novas cultivares dos grupos AAA; AAB e ABB.
4. Hibridações espontâneas com pais AA e BB, com grupo triplóides, originando os tetraplóides. Os tetraplóides possíveis são: AAAA, AABB, ABBB e AAAB.
5. A diversificação dos cultivares básicos por meio de mutações somáticas.
CLASSIFICAÇÃO DE ALGUMAS BANANEIRAS NO BRASIL
Grupo AA - "Ouro"
Grupo AB - só constatado dentre cultivares Indianas, não no Brasil.
Grupo AAA - sub grupo Cavendish -Nanica, Nanicão, Grand Naine sub grupo Gros Michel.
Grupo AAB - Maçã sub grupo Prata, 'Branca', 'Pacovan', Mysore, Prata, Anã, sub-grupo, Terra
Grupo ABB - sub grupo Figo
Grupo AAAA - IC-2
Grupo AAAB - 'Ouro da mata' e 'Platina'
CLASSIFICAÇÃO QUANTO AO PORTE
a) Porte baixo - até 2 metros -Nanica
b) Porte médio - de 2,0 a 3,5 metros -Nanicão, Ouro, Grand Nine, Figo, Maçã, Valery, etc.
c) Porte alto - mais de 3,5 metros -Prata, Mysore, Ouro da Mata, etc.
Bananeira
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MORFOLOGIA DA BANANEIRA
A bananeira é um vegetal herbáceo completo, pois apresenta caule, raízes, flores, frutos e sementes.
a) Rizoma (Caule Subterrâneo)
É a parte da bananeira onde todos os órgãos se apóiam direta ou indiretamente. Sua forma externa pode variar de acordo com as condições edáfoclimaticas.
Em solos de textura fraca ele se toma arredondado, com tendência para ser ovóide. Em solos de estrutura forte tende a ser achatado. Um rizoma bem desenvolvido pode ter de 25 a 40cm de diâmetro e pesar de 6,9 a 11,5 quilogramas, de acordo com o clone e a idade da planta.
Fazendo-se um corte vertical passando pelo centro de um rizoma da bananeira, que já emitiu mais de 20% de suas folhas, pode-se identificar perfeitamente, o córtex e o cilindro central, que são branquecentos, mas que se oxidam rapidamente em contato com o ar.
Córtex: é a camada mais externa do rizoma, cuja espessura é de 3 a 5cm.
Cilindro Central do Rizoma: envolvido pelo córtex, é bastante fibroso, e é nele que as raízes se formam. Implantado acima no cilindro central, encontra-se a gema apical de crescimento.
b) Raízes
As raízes têm origem no cilindro central do rizoma. São fasciculadas e estão dispostas horizontalmente em maior porcentagem nas camadas superficiais do solo.
Em toda a extensão de superfície externa das raízes existem radicelas, normalmente sempre abundantes.
A bananeira gera raízes continuamente apenas até a diferenciação floral, simultaneamente com o processo de formação de folhas. Na fase de floração a parte central do rizoma começa a esclerotizar da base até o ápice. Esse fenômeno inativa as raízes basais e limita a emissão de novos brotos e raízes nesta área.
Algumas raízes continuam desenvolvendo, porém aquelas que já haviam sido formadas antes da época da diferenciação floral.
Logo, as plantas adultas de bananeira que estão chegando à fase final de seu ciclo biológico têm um sistema radicular bastante deteriorado.
Fazendo-se um corte transversal da raiz encontra-se, externamente, um tecido mais macio -o córtex -que envolve um tecido batante fibroso e resistente denominado cilindro central da raiz.
O cilindro central de raiz, mais parece o prolongamento do cilindro central do rizoma, onde iniciou sua formação.
c) Gema Apical de Crescimento
É um conjunto de células meristemáticas, localizado no centro do colo da bananeira, e é responsável pela formação das folhas e das gemas laterais de brotação.
A gema apical se biparte dando formação a uma folha com sua gema lateral de brotação. Logo após gerada, a folha apresenta-se como um pequeno cone foliar tendo a base apoiada sobre o cilindro central do rizoma, em cujo interior encontra-se a gema apical, que reinicia seu processo de multiplicação celular, formando mais folha e gema lateral de brotação.
A gema apical pode gerar de 30 a 70 folhas, dependendo do cultivar. Sendo simultânea a formação da folha e da gema lateral de brotação, pode-se facilmente concluir que, a bananeira tem tantas gemas laterais quantas forem as folhas geradas.
d) Folhas
É do pequeno cone foliar formado que tem origem todas as partes componentes da folha, ou seja, bainha, pecíolo, páginas foliares, nervura e aguilhão (ou "pavio").
Ao se desenvolverem as folhas e gemas laterais iniciam um deslocamento radial concêntrico. Ao se aproximar da periferia do rizoma, a bainha das folhas mais externas envolvem todo o pseudocaule na parte inferior, mais torna-se menos envolvente na sua parte mais alta, devido ao seu formato deltóide. Em determinada altura a bainha se afasta do pseudocaule. A gema lateral correspondente a esta folha, que fica localizada no vértice da bainha, também ao se aproximar da periferia do rizoma apresenta-se como uma pequena protuberância que se transformará, futuramente, em um novo rebento.
Quando esta gema brota, o novo rebento apresenta folha bastante estreita devido ao não desenvolvimento dos lóbulos foliares, e por ter a forma lanceolada, ela é chamada de espada. Isto ocorre devido a inibição hormonal que a "mãe" está exercendo sobre o "filho". A inibição hormonal vai diminuindo progressivamente até a diferenciação floral da "mãe" e cessa por completo com o florescimento.
As bainhas das folhas da bananeira têm grande importância, pois são elas que, embricadas,formam o pseudocaule, o sustentáculo do cacho.
e) Pseudocaule
O pseudocaule da bananeira é um estipe. Seu comprimento, que representa a altura da planta, é igual a distância do solo até o topo da roseta foliar.
Roseta foliar: "região delimitada entre o ponto onde a folha mais velha se separa do pseudocaule, até onde a folha mais nova está se abrindo".
É através do pseudocaule que a inflorescência ganha o exterior da planta. No interior do pseudocaule da planta que já emitiu a inflorescência encontra-se o palmito, constituído pelo alongamento do cilindro central do rizoma.
f) Inflorescência
Depois de gerar o total de folhas e gemas laterais, a gema apical cessa esta atividade, devido a uma série de fatores hormonais.
A gema apical se transforma no órgão de frutificação da bananeira: a inflorescência.
Este processo ocorre quando cerca de 60% de todas as folhas (jovens e adultas) que a gema apical gerou já se abriram para o exterior. Os 40% restantes já estão formadas, mas permanecem em desenvolvimento dentro do pseudocaule.
A inflorescência é terminal e emerge envolta por uma grande bráctea. As flores das bananeiras comestíveis são sempre completas, verificando-se em algumas a atrofia das anteras (flores femininas) e, em outras, atrofia dos ovários (flores masculinas). A inflorescência vai formar o cacho da bananeira.
g) Cacho
O cacho é constituído de engaço, ráquis, pencas de bananas e botão floral.
Engaço: botanicamente é o pedúnculo da inflorescência. O engaço tem início no ponto de fixação da última folha e termina na inserção da primeira penca.
Ráquis: definido botanicamente como eixo de inflorescência. É no ráquis que se inserem as flores. Inicia-se a partir do ponto de inserção da primeira penca e termina no botão floral. Pode ser dividida em ráquis feminino, onde se inserem as flores femininas e ráquis masculino, onde se inserem as flores masculinas.
Botão Floral: ou coração é o conjunto de flores masculinas ainda em desenvolvimento, com suas respectivas brácteas. Pode-se dizer que o coração é a gema apical de crescimento, modificada, que ganhou o exterior.
Pencas: é o conjunto de frutos (dedos), reunidos pelos seus pedúnculos em duas fileiras horizontais e paralelas. O ponto de fusão dos pedúnculos recebe o nome de almofada. As almofadas se fixam no ráquis sempre em níveis diferentes, seguindo três linhas helicóides e paralelas.
O fruto é resultado do desenvolvimento partenocárpico dos ovários das flores femininas.
CICLOS DA BANANEIRA
A bananeira como todas as plantas, tem um ciclo de vida definido que se inicia com a formação do rebento e seu aparecimento ao nível do solo. Com seu crescimento há a formação da planta, que irá produzir um cacho cujos frutos se desenvolvem, amadurecem e caem, verificando-se em seguida o secamento de todas as suas folhas, quando se diz que a planta morreu.
A bananeira propaga-se normalmente pela emissão de novos rebentos. Como esse processo é contínuo, uma bananeira adulta apresenta sempre ao seu redor, em condições naturais, outras bananeiras em diversos estádios de desenvolvimento. Este conjunto de bananeiras integradas, com diferentes idades e oriundas de uma única planta denomina-se "touceira".
Esta característica de constante renovação das plantas permite dizer que os bananais têm vida permanente.
Botanicamente as touceiras são formadas por rebentos que constituem a primeira, segunda, terceira, etc, geração da muda original, e que recebem popularmente as denominações de:
Mãe: é a planta mais velha da touceira. Ela perde a denominação de mãe após a colheita. Mãe é sempre uma só!
Filho: é todo o rebento originário de uma gema localizada no rizoma da planta mãe.
Neto: é todo rebento originário do filho.
Irmão: é todo rebento que se forma devido ao desenvolvimento de uma segunda gema de um mesmo rizoma.
Família: é um conjunto de rizomas interligados e descendentes representados pela mãe, um filho e um neto, onde todos os demais rebentos foram eliminados.
Obs.:. Após a colheita da planta mãe, a planta filho assume a posição desta, e a planta neto por sua vez assume a posição da planta filho e, assim, sucessivamente.
Na prática, define-se como ciclo vegetativo de uma bananeira o período compreendido entre sua brotação até a colheita de sua produção. Por ciclo de produção, entende-se o período decorrido entre a colheita do cacho da planta mãe até a colheita do cacho da planta filho.
Os ciclos vegetativos e de produção são afetados por todos os fatores que atuam direta ou indiretamente na fisiologia da bananeira, ou seja, os fatores edafoclimáticos e algumas técnicas culturais, principalmente métodos de desbaste e espaçamentos adotados.
PROPAGAÇÃO
Mudas: dá-se o nome de muda de bananeira a um parte dessa planta provida de uma ou mais gemas vegetativas, cujo desenvolvimento dará formação a uma nova bananeira.
Tipos de Mudas: os vários tipos de mudas podem ser classificados em apenas 3 tipos: rizomas inteiros, pedaços de rizoma e mudas micropropagadas.
Obtenção das Mudas: estes tipos de mudas são obtidos geralmente de bananais comerciais em produção, de preferência os que já sofreram a primeira colheita.
Mudas Pedaços de Rizoma: os rizomas com mais de 5,0 kg são arrancados. Faz-se a limpeza destes rizomas, eliminando-se as raízes e os rebentos que ele possuir, assim como toda a sua parte escura (região cortical externa), até eliminar por completo todos os tecidos necrosados. O pseudocaule é eliminado através de um corte transversal à altura de 5 a 10cm do colo do rizoma. A seguir retalha-se radialmente o rizoma obtendo-se pedaços com forma de cunha.
Deve-se cuidar para que a gema lateral de brotação mais visível, fique no centro da parte externa da cunha. As mudas tipos pedaços de rizoma podem ter de 800gr a 4000gr.
Mudas de Rizoma Inteiro: é o arranquio de brotações laterais da bananeira. Estes rebentos, com folhas lanceoladas, são arrancados com o auxílio de uma vanga. Estas mudas sofrem o mesmo processo de limpeza, citado anteriormente, sendo que o pseudocaule é cortado a uma altura de 20cm.
Conforme o desenvolvimento desta brotação lateral, recebe denominações diferentes.
Chifrinho -rizoma pesando até 1,5 quilos
Chifre -rizoma pesando entre 1,5 a 2,5 quilos
Chifrão -rizoma pesando acima de 2,5 quilos
Obs.:. os rebentos que não possuem folhas lanceoladas, ou seja, que já de início apresenta folhas largas, são chamados de mudas guarda-chuva. Este tipo de muda não é a preferida para o plantio.
Mudas Micropropagadas: são mudas produzidas em laboratórios através do cultivo de meristemas. Além de ser um processo rápido de multiplicação, as mudas produzidas oferecem a vantagem de serem livres de nematóides e outras moléstias.
Bananeira
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Fonte: http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/bananeira/bananeira-3.php#ixzz1vr83ijVs


Banana é uma pseudobaga da bananeira, uma planta herbácea vivaz acaule da família Musaceae (género Musa - além do género Ensete, que produz as chamadas "falsas bananas"). Banana é o quarto produto alimentar mais produzido no mundo, após arroztrigo e milho. São cultivadas em 130 países. Originárias do sudeste da Ásia, são atualmente cultivadas em praticamente todas as regiões tropicais do planeta.
Vulgarmente, inclusive para efeitos comerciais, o termo "banana" refere-se às frutas de polpa macia e doce que podem ser consumidas cruas. Contudo, existem variedades de cultivo, de polpa mais rija e de casca mais firme e verde, geralmente designadas por plátanosbanana-pão ou plantains, que são consumidas cozinhadas (assadas, cozidas ou fritas), constituindo o alimento base de muitas populações de regiões tropicais. A maioria das bananas para exportação é do primeiro tipo, ainda que apenas 10 a 15% da produção mundial seja para exportação, sendo os Estados Unidos da América e a União Europeia as principais potências importadoras.
As bananas formam-se em cachos na parte superior dos "pseudocaules" que nascem de um verdadeiro caule subterrâneo (rizoma ou cormo) cuja longevidade chega a 15 anos ou mais. Depois da maturação e colheita do cacho de bananas, o pseudocaule morre (ou é cortado), dando origem, posteriormente, a um novo pseudocaule.
As pseudobagas formam-se em conjuntos (clusters) com até cerca de vinte bananas (cada conjunto é uma "penca"). Os cachos de bananas, pendentes na extremidade do falso caule da bananeira, podem ter 5 a 20 pencas e podem pesar de 30 a 50 kg. Cada banana pesa, em média, 125g, com uma composição de 75% de água e 25% de matéria seca. Bananas são fonte apreciável de vitamina Avitamina Cfibras e potássio.
Ainda que as espécies selvagens apresentem numerosas sementes, grandes e duras, quase todas as variedades de banana utilizadas na alimentação humana não têm sementes, como frutos partenocárpicos que são, exceção feita à espécie Musa balbisiana, comercializada no mercado indonésio, excepcionalmente com sementes.
Devido ao elevado teor de potássio em sua composição, as bananas são levemente radioativas,[1][2] mais do que a maioria dos outros frutos. Isso se deve à presença do isótopo radioativo potássio-40 (40K), regularmente distribuído no potássio ocorrente na natureza, apesar de que o isótopo comum,potássio-39 (39K), seja não-radioativo. Por esta razão, os ambientalistas em energia nuclear, por vezes, costumam referir-se à "dose equivalente em banana" de radiação para apoiar seus argumentos durante debates em congressos e encontros sobre a matéria.[3][4] Embora a radioatividade da banana seja muito leve, todavia, grandes carregamentos da fruta em navios podem ser suficientes para disparar detetores ou sensores de radiação em determinadas circunstâncias.

Características

[editar]Generalidades

É de cor verde, quando imatura, chegando a amarela ou vermelha, quando madura. Seu formato é alongado, podendo, contudo, variar muito na sua forma a depender das variedades de cultivo. Essa variação também acontece com a polpa, que pode ser mole ou dura, ou ainda com incrustações meio duras, bem como de sabor mais doce ou mais acre. Assim como o abacaxi, a banana também é fruto partenocárpico, pois pode formar-se sem fecundação prévia. É por isso que não possui sementes. Depois de cortada, a banana escurece-se muito rapidamente, devido àoxidação (pela presença da polifenoloxidase) em contato com o ar.
A espécie Musa balbisiana, comercializada no mercado indonésio contém, excepcionalmente, sementes, e é considerada uma das espécies ancestrais das actuais variedades híbridas das bananas geralmente consumidas.

[editar]Umbigo (flor) da banana

Da parte inferior do cacho da banana ainda imaturo (ou verde, como se usa dizer) sai um pendão e, em seu extremo, destaca-se um cone de coloração e consistência diferenciadas, que é a flor da bananeira. Popularmente, a flor da bananeira é chamada de umbigo [do cacho] da banana, coração da bananeira ou apenas umbigo da banana, que, cozido e preparado com outros ingredientes, é comestível de requintado sabor e alto valor nutricional.
"Do cacho da banana sai um pendão. No final deste, há um cone roxo. Seu miolo é comestível e é conhecido pelos pobres como umbigo de banana. Já os ricos, gente chique, costumam chamá-lo de coração de bananeira [ou coração de banana]".[5]
Várias receitas culinárias usam o umbigo da banana: cozido com bacalhau, ou carne moída, ou linguiça de porco defumada; temperado e refogado simples; entre outras.
A tradição popular reporta ainda outros usos para o umbigo da banana. Alguns preparados caseiros com fins medicinais, como xaropes, são considerados eficazes.[6]
Para ser utilizado como comestível (ou em preparações medicinais caseiras), o umbigo da banana precisa ser cortado, na posição certa (não muito próximo das pencas, apenas o bastante para se retirar o cone arroxeado do cacho ainda imaturo ou verde), o que favorece, pelo fluxo forçado da seiva, o amadurecimento do próprio cacho. Do cacho já maduro, não mais se aproveita o umbigo da banana, que terá escurecido e perdido o viço e uso culinário ou medicinal, aproveitando-se apenas como adubo.




Flor da bananeira.

Cacho de bananas verdes ainda na bananeira, já sem o umbigo da banana.

[editar]Casca da banana

Apesar de parecer não utilizável, a casca da banana contém vários nutrientes, açúcares naturais como a glicose e sacarose e minerais. Com isso, pode ser aproveitada no consumo alimentício, proporcionando baixo custo sem deixar para trás o bom paladar. São diversos os exemplos pelos quais se pode aproveitá-la, como o brigadeiro de casca de banana, o bolo de casca de banana, a farinha, o bife empanado de casca de banana e vários outros.

[editar]Valor nutricional

Valor nutritivo de 100 gramas de banana prata (valores apenas referenciais):

[editar]História

O cultivo de bananas pelo Homem teve início no sudeste da Ásia. Existem ainda muitas espécies de banana selvagem na Nova Guiné, na MalásiaIndonésia e Filipinas. Indícios arqueológicos e paleoambientais recentemente revelados em Kuk Swamp na província das Terras Altas Ocidentais da Nova Guiné sugerem que esta actividade remonta pelo menos até 5000 a.C., ou mesmo até8000 a.C.. Tais dados tornam esse local o berço do cultivo de bananas. É provável, contudo, que outras espécies de banana selvagem tenham sido objecto de cultivo posteriormente, noutros locais do sudeste asiático.
A banana é mencionada em documentos escritos, pela primeira vez na história, em textos budistas de cerca de 600 a.C.. Sabe-se que Alexandre, o Grande comeu bananas nos vales da Índiaem 327 a.C.. Só se encontram, porém, plantações organizadas de banana a partir do século III d.C. na China. Em 650, os conquistadores Islâmicos levaram-na para a Palestina. Foram, provavelmente, os mercadores árabes que a divulgaram por grande parte de África, provavelmente até à Gâmbia. A palavra banana teve origem na África Ocidental e, adoptada pelos portugueses e espanhóis, veio a ser usada, por exemplo, na língua inglesa.
Nos séculos XV e XVI, colonizadores portugueses começaram a plantação sistemática de bananais nas ilhas atlânticas, no Brasil e na costa ocidental africana. Mas elas permaneceram desconhecidas, por muito tempo, da maior parte da população européia. Por isso, Júlio Verne, na obra "A volta ao mundo em oitenta dias" (1872), descreve-a detalhadamente, pois sabe que grande parte dos seus leitores a desconhece.
Algumas fontes referem que já existiam espécies nativas de bananeira na América pré-colombiana, que se designaria como pacoba, mas, em termos gerais, não é dado crédito a tal informação.[carece de fontes]

[editar]Variedades e usos

[editar]Como alimento

Há quatro tipos principais de variedades de banana: a banana-prata; a banana-maçã (pequena e arredondada), a banana-caturra (também conhecida como banana-d'água ou Cavendish) e abanana-da-terra.
Entre as bananas de mesa, contam-se as variedades maçãouroprata e nanica (anã, baé, caturra, ou Dwarf Cavendish). Esta última deve o seu nome ao porte da bananeira sendo, na verdade, uma banana de grande dimensão. Outras variedades incluem a banana das Canárias, a banana da Madeira, a Gros Michael, a Latacan, a Nanican e a Grande Anã. A variedade Cambuta, como é designada em Cabo Verde, é resistente em climas mais frios, sendo a mais utilizada em zonas subtropicais e temperadas/quentes. A variedade Valery, introduzida pelos portugueses em São Tomé, em 1965 e depois em Angola, foi responsável por um surto na produção de bananas nesse país até 1974.
A banana, enquanto verde, é constituída essencialmente por água e amido, e, por isso, seu sabor é adstringente. Contudo, por essa mesma razão, pode ser utilizada como fonte de hidratos de carbono em vários pratos. Pode ser produzida farinha a partir de bananas verdes. À medida que vão amadurecendo, o amido transforma-se em açúcares mais simples, como a glicose e asacarose, que lhe dão o sabor doce.
Além de consumida fresca, a banana é utilizada para diversos fins. Em sobremesas de colher, citam-se o Banana split, ou mesmo as bananadas, feitas com banana-anã ou com banana-prata. Banana é também ingrediente indispensável na conhecida salada de frutas (ainda que oxide facilmente), podendo, também, ser utilizada na confecção de sangria. Mas a banana-pão é muito utilizada para outros fins culinários, como na confecção de banana chips — espécie de aperitivo feito com rodelas de banana desidratada ou frita, ou como acompanhamento de diversos pratos tradicionais. As bananas anã e prata são frequentemente servidas cruas, misturadas com arroz e feijão ou com outros acompanhamentos. Em alguns locais do Brasil, como em Antonina e cercanias, serve-se banana-terra cozida acompanhando o prato típico da região — o barreado — bem como na forma de "bala de banana". No Rio de Janeiro e em Pernambuco, o cozido é composto por carnes, tubérculos e legumes, além de banana-da-terra e banana-nanica. No sul de Minas Gerais é famoso o virado de banana-nanica, que conta também com farinha de milho equeijo mineiro. No litoral norte de São Paulo, o prato principal da culinária caiçara chama-se "azul-marinho" e é constituído por postas de peixe cozidas com banana-nanica verde sem casca, acompanhadas de um pirão feito com o caldo do peixe, banana cozida amassada e farinha de mandioca. Esta comunidades também produzem, tradicionalmente, aguardente de banana.
Banana é também matéria-prima para a fabricação de outras bebidas, como a cerveja de banana. Esta bebida alcóolica é importante para a renda de países como a República Democrática do Congo.

Banana chips.
banana-da-terra e a banana-figo são utilizadas fritas, tal como a banana-anã, que deve, contudo, ser preparada à milanesa — isto é, passada por ovo batido e, depois, por farinha de trigo e farinha de rosca antes de ser frita, caso contrário, desmancha-se durante a fritura. A banana-anã é ainda utilizada para assar.
banana-maçã é indicada para problemas intestinais, ao aumentar facilmente o volume da massa fecal, ainda que possa causar aparente obstipação.
A produção de sumo a partir de banana é dificultada pelo facto de se produzir apenas polpa quando o fruto é esmagado. Assim, não é possível obter "verdadeiro" sumo de banana, ainda que a sua polpa possa ser misturada ao sumo de outros frutos. Existem, contudo, sumos fermentados feitos a partir da polpa. Esta pode ainda ser utilizada na confecção de diversas compotas (especialmente com banana-figo e banana-anã).
Existem relatos de que seria usada, esmagada com mel, como remédio contra a icterícia em determinadas regiões asiáticas (onde o rizoma da bananeira é utilizado para o mesmo fim).Apesar de parecer não utilizável, a casca da banana contém vários nutrientes, açúcares naturais como a glicose e sacarose e minerais. Com isso, pode ser aproveitada no consumo alimentício, proporcionando baixo custo sem deixar para trás o bom paladar.
É ainda muito utilizada na alimentação de animais. É proverbial seu uso na alimentação dos macacos. Salienta-se, porém, que a banana jamais deve ser utilizada como única fonte de alimentação de macacos, pois contém pouco cálcio e muito fósforo,[7] causando desequilíbrio alimentar bastante comum, que prejudica a formação e a manutenção da estrutura óssea dos animais.

[editar]Fonte de fibras

A bananeira tem sido uma fonte de fibra para tecidos de alta qualidade. No Japão, o cultivo de banana para vestuário e uso doméstico remonta pelo menos ao século XIII. No sistema japonês, folhas e brotos são cortados a partir da planta periodicamente para garantir a suavidade. Brotos colhidos são cozidos em primeiro em soda cáustica para preparar fibras para fazer fios têxteis. Esses brotos de banana produzem fibras de diferentes graus de maciez, produzindo fios e tecidos com diferentes qualidades para usos específicos. Por exemplo, as fibras ultraperiféricas da brotos são mais rudes, sendo adequados para toalhas de mesa, enquanto as fibras mais suaves da parte interna são desejáveis para quimonos e hakamas. Este tradicional processo japonês de fazer roupas requer muitos passos, todos feitos à mão.[8]
No sistema nepalês, ao contrário, o tronco é colhido e pequenos pedaços são submetidos a um processo de amaciamento, extração de fibras mecânicas, branqueamento e secagem. A seguir, enviam-se as fibras para o Vale de Katmandu, para uso em tapetes de seda com textura semelhante. Esses tapetes de fibra de bananeira são tecidos a mão pelos tradicionais métodos mepaleses e suas vendas são certificadas.

[editar]Transporte e comercialização


Transporte de bananas.
Apesar de o consumo das bananas ser prático e simples, o seu transporte, contudo, é delicado e requer cuidados especiais — amadurece rapidamente quando retirada de seu cacho e amassa com facilidade por ter uma casca não muito resistente. Além disso, como é uma fruta muito aromática, transfere o seu odor para objetos que com ela entrem em contato. A maior parte da produção para o mercado interno é constituída por bananas verdes para cozinhar ou bananas-pão - as variedades utilizadas como fruta são facilmente danificadas durante o seu transporte, mesmo quando transportadas apenas no seu país de origem.
As variedades comerciais de sobremesa mais consumidas nas regiões temperadas (espécies Musa acuminata ou o gênero híbrido Musa X paradisiaca) são importadas em larga escala dos trópicos. São muito populares também devido ao facto de constituírem uma fruta não sazonal, que pode ser consumida fresca durante todo o ano. No comércio global, a variedade de cultivo de maior importância económica é, de longe, a chamada banana banana-cavendish (banana-caturra, em cultura lusófona), que superou em popularidade, na década de 1950 a variedade Gros Michel, depois de esta ter sido dizimada pelo mal-do-panamá, um fungo que atacava as raízes das bananeiras.

Despencamento de bananas sendo praticado por mulheres, no Belize (América Central).
Tal como acontece com outros tipos de fruta, é comum que o mercado internacional seja monopolizado por pouco mais de uma variedade. Isso não se deve, contudo, ao sabor, mas às facilidades de transporte e de duração em armazenamento: de facto, as variedades mais comercializadas raramente são mais saborosas que outras menos cultivadas por razões económicas. As infrutescências (cachos) são colhidas quando estão plenamente desenvolvidas, se se destinarem ao mercado interno. Se forem para exportação, são colhidas ainda verdes e com cerca de 3/4 do tamanho que poderiam atingir, amadurecendo em armazéns destinados para esse efeito no país onde serão consumidas. O momento da colheita exige grandes cuidados de modo a não machucar as bananas que perdem atractividade e qualidade se apresentarem manchas provocadas pelos choques. Os cachos são, então, despencados, ou seja, separados nas pencas que os constituem, rejeitando-se as pencas das extremidades (cerca de 25% da produção), por serem mais sujeitas aos choques durante o seu transporte, bem como pela sua forma e tamanho pouco adequado para a comercialização e para um eficaz acondicionamento. Esses excedentes podem ser utilizados pela indústria transformadora de alimentos, na produção de "purés", polpas para a confecção de sumos (fermentados ou não) ou na alimentação de animais. Em muitos casos, os excedentes são, simplesmente, deitados fora. As pencas são postas, então, em repouso para que exsudem a seiva em excesso, sendo depois lavadas e mergulhadas numa solução fungicida que evitará o apodrecimento a partir dos cortes. As pencas podem ainda ser cortadas em grupos (clusters) mais pequenos, de modo a aumentar a quantidade de fruta embalada por unidade de volume, geralmente em caixas de cartão que podem ser envolvidas por sacos de polietileno e que são embarcadas, salvo raras excepções, nos chamados "barcos fruteiros". Para retardar o amadurecimento, é necessário renovar o ar no local de transporte, para retirar o etilenohormona produzida pelas bananas e que acelera a sua maturação.
Para induzir o amadurecimento das bananas, o ambiente do armazém pode ser preenchido com etileno. Contudo, se o fruto for comercializado verde, permitindo a maturação mais lenta, o sabor tornar-se-á mais agradável, e a polpa, mais firme, ainda que a casca possa ficar manchada de amarelo escura ou castanho. O sabor e a textura são, assim, afectados pela temperatura em que amadurecem. No transporte, elas são expostas a uma temperatura de cerca de 12 °C e a uma humidade relativa próxima da saturação. Em temperaturas mais baixas, contudo, a maturação é definitivamente inibida e as frutas tornam-se cinzentas.

[editar]Safras e épocas

O plantio da banana é feita por mudas, a colheita ocorre do 10º ao 18º mês, dependendo do clima, variedade, fertilidade do solo, estado de sanidade da planta e tratos culturais.

[editar]Produção e comércio

10 maiores produtores - 2009
(milhões de toneladas)
 Índia26.996.000
 Filipinas9.013.190
 China9.006.450
 Equador7.637.320
 Brasil6.783.480
 Indonésia6.273.060
 Tanzânia3.219.000
 Guatemala2.544.240
 Costa Rica2.365.470
 México2.232.360
Total Mundial76.070.570
Fonte:
FAO
 [3]
As bananas constituem o alimento básico de milhões de pessoas em vários países em via de desenvolvimento. Em determinados países tropicais a banana verde (não madura) é largamente utilizada da mesma forma que as batatas em outros países, podendo ser fritas, cozidas, assadas, guisadas, etc. De facto, as bananas, assim utilizadas são semelhantes à batata, não apenas no sabor e na textura, como a nível de composição nutricional e calórica.
Em 2005, a Índia liderou a produção mundial de bananas, representando cerca de 23% da produtividade mundial - sendo que a maioria se destina ao consumo interno. Os quatro países que mais exportam, contudo, são o Equador, a Costa Rica, as Filipinas, e a Colômbia, que somam cerca de dois terços das exportações mundiais, exportando cada um mais de um milhão de toneladas. De acordo com as estatísticas da FAO, só o Equador é responsável por mais de 30% das exportações globais.
A maioria dos produtores, por todo o mundo praticam, contudo, uma agricultura de baixa escala e de subsistência - consumo próprio e venda e mercados locais. Já que as bananas são uma fruta não sazonal, estão disponíveis durante todo o ano, pelo que podem ser utilizadas durante as estações mais susceptíveis de escassez alimentar - alturas em que o produto de uma colheita já foi consumido enquanto que o produto da seguinte ainda não está disponível. É por esta razão que o cultivo de banana tem uma importância fulcral em qualquer sistema sustentado de luta contra a fome.
Nos últimos anos, a competição a nível de preços por parte dos supermercados tem diminuído ainda mais as já baixas margens de lucro da maioria dos produtores de banana. As principais empresas do ramo, como ChiquitaDel MonteDole e Fyffes têm as suas próprias plantações no Equador, na Colômbia, na Costa Rica e Honduras. Tais plantações exigem grande e intensivo investimento de capital e de know how — tornando os proprietários das grandes e lucrativas plantações extremamente influentes em nível económico e político nos seus países, em detrimento dos pequenos produtores. Isso justifica o facto de elas estarem disponíveis como artigo de "comércio justo" em alguns países.

Bananas à venda num mercado, na Ilha de Reunião.
O comércio global de bananas tem uma longa história que começou com a fundação da United Fruit Company(hoje, Chiquita), no final do século XIX. Durante a maior parte do século XX, as bananas e o café dominaram por completo a economia de exportação da América Central. Na década de 1930, constituíam mais de 75% das exportações da região, nos anos 60 ainda as preenchiam em 67%. O termo "República das Bananas" tornou-se vulgar, então, para designar a generalidade dos países da América Central, ainda que, sob o aspecto estritamente económico (sem conotação necessariamente depreciativa) apenas Costa RicaHonduras, e Panamá assim possam ser designados, já que a sua economia é, de longe, dominada pelo comércio da banana.
Muitos países da União Europeia importam, tradicionalmente, muitas das bananas que consomem, das suas antigas colónias das Caraíbas, garantindo-lhes preços acima dos praticados no comércio global. Desde 2005, tais acordos estão em vias de serem revogados, devido à pressão de grupos económicos poderosos, a maioria dos quais com sede nos Estados Unidos da América. Tal alteração no comércio iria beneficiar os países produtores da América Central, onde várias empresas norte-americanas têm interesses estabelecidos.

[editar]No Brasil

A banana é o segundo fruto mais produzido e consumido no Brasil, segundo país no ranking da produção mundial, tanto como sobremesa como acompanhamento nas refeições, ainda que ocupe apenas 0,87% do total das despesas de alimentação dos brasileiros em geral (surge daí a expressão "a preço de banana" para referir que algo é pouco dispendioso). A maior parte da produção provém do Nordeste do país, onde é produzido 34% do volume total nacional, seguido das Regiões Norte (26%), Sudeste (24%), Sul (10%) e Centro-Oeste (6%). Ao todo, a área plantada é de cerca de 520 000 ha. Em termos gerais, ainda que as condições naturais permitam uma produção de alta qualidade, é corrente afirmar que existe baixa eficiência na produção e no manejo pós-colheita.

[editar]Aspectos culturais


Macaco comendo uma banana.
Uma das situações cómicas mais copiadas e parodiadas ao longo da história do cinema, desde o cinema mudo, consiste em mostrar as personagens a escorregar em cascas de banana. O estereótipo do macaco a comer bananas também é largamente explorado em filmes,animações e histórias em quadrinhos, tendo servido também para manifestações de cariz racista. De fato, por exemplo, há registo de pessoas que atiraram bananas a desportistas afro-americanos. A associação aos macacos justifica também o seu uso em jogos como as versões em 3D do Donkey Kong (Nintendo) e do Super Monkey Ball (Sega).
A banana também é frequentemente relacionada com a América Latina, a exemplo de Carmen Miranda e das canções Yes, nós temos bananas eChiquita Bacana, ambas de Braguinha e Alberto Ribeiro. Em outras ocasiões (como no filme Bananas, de Woody Allen), o nome refere-se à expressão República das Bananas, que designa um país, geralmente do Caribe ou da América Central, onde há governos ditatoriais, instáveis, corruptos e com forte influência estrangeira.
Na China, o termo banana é usado no calão para designar qualquer pessoa de origem asiática que age como um ocidental (amarelos por fora, brancos por dentro). No Brasil, um gesto considerado obsceno e de mau gosto, denominado "dar uma banana", consiste em apoiar o braço ou amão na dobra do outro braço, mantendo erguido e de punho fechado o antebraço que ficou livre.

[editar]Crendices e mitos

Um boato muito divulgado assegura que a casca seca de banana contém uma substância (na verdade, fictícia) designada como "bananadina", que seria alucinogénica quando fumada. Ao contrário de muitos boatos, a origem deste pode ser traçada. Terá tido origem num artigo do jornal "alternativo" Berkeley Barb em Março de 1967, e que foi posteriormente divulgada por William Powell (autor), que acreditou na sua veracidade, incluindo-a no seu The Anarchist Cookbook em 1970.
A canção de sucesso de Donovan, "Mellow Yellow", ao referir-se a uma "banana eléctrica", terá servido de inspiração aos jornalistas do Berkeley Barb que pretendiam, satiricamente, que o governo proibisse a comercialização de bananas. De facto, Donovan referia-se apenas a um vibrador. Contudo, é o próprio autor da canção a referir que o rumor deve ter tido origem no cantor popular Country Joe McDonald que o começou em San Francisco, uma semana antes da publicação da canção de Donovan. O boato voltou a circular na década de 1980, quando o grupo de punk satírico, The Dead Milkmen voltou a referir numa canção os supostos efeitos do acto de fumar casca seca de banana. O boato levou, mesmo a Food and Drug Administration (FDA) a investigar o caso.